O DESPREZO (Clássico)

Le Mépris

Jean-Luc Godard / 1963 / 1h43 / Romance, Drama / 16 anos

Informações

Com: Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance, Giorgia Moll e Fritz Lang

Direção: Jean-Luc Godard

Sinopse: O escritor e roteirista Paul Javal leva uma vida feliz com sua esposa Camille. O famoso produtor americano Jeremy Prokosch, o convida para trabalhar numa adaptação do poema épico Odisseia, dirigida por Fritz Lang na Cinecittà, em Roma. O casal então vai até o local e conhece a equipe de filmagem. Prokosch logo avança em direção a Camille na frente de Paul, e então conflitos estratificados ocorrem entre arte e negócios. Esta tentativa de sedução soará como a sentença de morte para o relacionamento de Paul e Camille.
 
Impossível elencar os esplendores desta obra perfeita cuja soma dos seus elementos díspares compõem um todo harmonioso. – Les Inrock
 
Dirigido por Jean-Luc Godard
O Desprezo é um filme franco-italiano de 1963, do gênero drama, dirigido por Jean-Luc Godard e estrelado por Brigitte Bardot, com roteiro inspirado na novela Il Disprezzo, do escritor Alberto Moravia.

O filme começa claramente convidando o espectador a entrar no universo mais profundo que se propõe. Assim, não se tratando apenas de uma história de amor e traição, o longa evoca o pensamento crítico e político de uma época marcada pelo início da Nouvelle Vague. Ao início do filme, Camille (Bardot) é filmada sob as luzes das cores da França, estabelecendo um claro paralelo nacionalista que instiga uma crítica ao cinema de produção norte americano. Dessa forma, integrando o contexto intelectual e político, traduzimos a trama dos personagens: Camille não despreza Paul, é a França que está desprezando os franceses tendo em vista a época conturbada que o país vivia na época em que a película foi rodada. Essa reflexão está presente em todo o filme, seja através de recursos visuais ou no próprio enredo da história. A escolha de Fritz Lang no elenco, e a sedução do produtor americano interpretado por Jack Palance, são elementos que representam uma caricatura do sistema de estrelas de Hollywood que levava os estúdios Cinecittà à falência.

Assim, o mais linear dos filmes de Godard, foi o filme francês com a sétima maior bilheteria do ano em 1963, sendo recorde do próprio diretor. Todo esse sucesso já era imaginado, quando Godard insistiu que Brigitte Bardot fosse escalada para o papel de Camille, devido à sua posição de ícone sensual global da época. Durante a produção do filme na ilha de Capri, na Itália, as filmagens tiveram de ser frequentemente interrompidas devido aos paparazzi que invadiam o local das gravações na tentativa de fotografar Brigitte Bardot, tamanho era o seu reconhecimento e engajamento com o público.

Aclamado pela crítica e considerado um dos melhores filmes de Godard e da Nouvelle Vague, é então considerado um clássico devido às suas repercussões no âmbito do audiovisual e no cenário político, em sua época de lançamento até os dias de hoje.

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